Exposição reúne vivências de grandes nomes e conta com conteúdo digital e roteiro educativo
Com apoio do Instituto C&A, pilar social da C&A, o Museu da Pessoa estreia a exposição “Vidas Em Costura”, que tem como objetivo contar histórias de vidas atreladas à moda e os desafios da cadeia têxtil sob diferentes aspectos. A mostra será aberta ao público, gratuita, e poderá ser vista na estação Clínicas da Linha 2–Verde do Metrô/SP de forma presencial e no endereço on-line Link, até fevereiro de 2024. Os visitantes poderão interagir com as peças e registrar suas próprias vivências no mundo da moda através do site do Museu. Nessa exposição virtual, o visitante também poderá acessar um roteiro educativo que propõe trabalhar as histórias de vida com os temas do projeto.
A produção da mostra foi viabilizada pelo Programa de Apoio à Cultura do Estado de São Paulo e contará a história dos doze criadores e estilistas: Sandro Freitas, Talita de Lira, André Hidalgo, Beatriz Morales, Dani Rudz, Geraldo Lima, Jum Nakao, Mônica Anjos, Fernanda Simon, Patricia Sant’Anna, Laís da Lama e Vicenta Perrotta.
São conversas e provocações que questionam as práticas da indústria, propondo outras construções de relações, de comportamentos, de identidades e de vidas, apresentadas em diversos painéis. Nelas, esses criadores falam de suas trajetórias pessoais e de como lidaram com os desafios desse universo. Para eles, moda é tudo menos produzir a peça industrial que vai parar na vitrine de uma loja.
Na exposição, Jum Nakao, designer de moda e diretor de criação, conta que “fazer um desfile com roupas de papel e pedir para as modelos rasgarem no final em uma Semana de Moda era um manifesto. Não podia abdicar dos valores e manifesto de tudo que eu construí ao longo de toda a minha carreira, mas a receptividade foi muito positiva. Se, por um lado, eu fechei uma porta, outras infinitas abriram-se depois”.
Já Fernanda Simon, do Fashion Revolution Brasil, além de combater o processo de produção desenfreada do capitalismo e pensar numa moda responsável, luta para que as pessoas se façam uma pergunta: Como é produzida a minha roupa? “Na faculdade eu convivia com uma turma moderna, e comecei a ir a lugares, mas no fundo eu não me sentia parte do grupo. Eu queria fazer alguma coisa boa para o planeta. Eu meio que ‘mergulhei’ nessa história de ativismo e fiz o Fashion Revolution virar um movimento.”, afirma.
A exposição é dividida em três partes: “Tecidos da Imaginação” apresenta experiências ousadas com materiais surpreendentes; “Hora do Corte” fala sobre a apropriação da arte do vestir por grupos antes dela excluídos; enquanto “Tramas do Pensamento” reflete sobre os caminhos do vestuário diante de questões como o consumismo e os problemas ambientais.
Lucas Torigoe, coordenador de pesquisa do Museu da Pessoa, afirma que: “Durante as entrevistas, foi notável o comprometimento destas 12 pessoas em inovar seus processos de produção das vestimentas. A noção de autoria é para elas essencial, numa forma de contribuir para a mudança da moda a partir de suas referências pessoais colhidas em suas trajetórias de vida. Esperamos que, através desse projeto, mais pessoas se inspirem a entrar neste mundo e, por que não, transformá-lo”.
"As provocações que quebram paradigmas e fazem com que pessoas reflitam mais profundamente sobre a moda são sempre apoiadas pelo Instituto C&A. Não poderia ser diferente com Vidas em Costura, mostra que levará de forma gratuita e em mais de uma plataforma um conteúdo rico que pode fazer com que muitos olhem pra moda de forma diferente e passem a questionar o seu próprio consumo.”, afirma Gustavo Narciso, diretor executivo do Instituto C&A.
Sobre o Instituto C&A - O Instituto C&A - pilar social da C&A Brasil - atua na construção de novos futuros por meio da moda. Com esse propósito, em suas frentes de Voluntariado Corporativo, Empreendedorismo e Empregabilidade, fortalece comunidades de todo o Brasil, atua em sustentabilidade na cadeia e fomenta o acesso a trabalho digno e justo para pessoas e grupos que lutam pela afirmação de seus direitos: comunidades periféricas, pessoas negras, indígenas, LGBTQIAPN+, mulheres, refugiados e migrantes. Com mais de 30 anos de história, a instituição também realiza apoios humanitários em situações de calamidade pública, atuando nas necessidades mais urgentes após uma crise. Saiba mais no site.
Sobre o Museu da Pessoa - O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo fundado em São Paulo em 1991, com o objetivo de registrar, preservar e transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão. O Museu da Pessoa conta com um acervo de mais de 18 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto e cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados de brasileiros e brasileiras de todas as regiões, idades, classes e atividades.
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