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Arte no Espaço Público x Arte como Espaço Público: Arte e Inclusão Social

Com participação de pessoas cegas e de baixa visão, Flavio Marzadro une oficinas sensoriais, intervenção urbana, tecnologia e exposição para revelar a estética de caminhos urbanos do Distrito Federal e refletir sobre a autoridade do fazer artístico

 



Calçadas espalhadas pelo Plano Piloto, por Sobradinho e Planaltina estão prestes a contar histórias — aquelas, que quem não vê, traduz em imagens o que sente. Idealizado pelo artista-pesquisador e sociólogo Flavio Marzadro, o projeto Arte no Espaço Público x Arte como Espaço Público: Arte e Inclusão Social, propõe um olhar radicalmente sensível para a cidade, trazendo pessoas cegas e de baixa visão, para cocriar obras de arte a partir de suas vivências urbanas. Mais do que arte, trata-se de afeto e escuta. E, ao longo de todo o trajeto, de inclusão. As quatro oficinas que marcam o início do projeto acontecerão em 19 de maio no Centro de Ensino de Deficientes Visuais — CEEDV e será oferecida a alunos do espaço com idade entre 14 e 80 anos.

A proposta é inédita no Distrito Federal e aposta em um processo artístico compartilhado, descentralizado e inclusivo. As atividades envolvem oficinas imersivas, saída de campo, registros em áudio e georreferenciamento. Os próprios participantes escolherão os locais que serão “enquadrados” nas obras, revelando, com as mãos e a memória, uma estética urbana que nasce da experiência sensorial e da intimidade com o território.

A iniciativa carrega uma crítica social. Para Marzadro, o projeto é uma resposta simbólica e concreta à cultura colonial que, historicamente, excluiu determinados corpos, vozes e identidades do campo artístico. “Com esse projeto, quero provocar uma reflexão sobre o produzir e consumir arte. Ao lado de pessoas com deficiências, estamos mostrando que a cidade — especialmente aquelas regiões fora dos grandes centros culturais — também é espaço de criação e expressão. As obras que desenvolvemos são uma crítica a esse olhar dominante que tenta separar o que é ou não é arte, quem pode ou não pode fazer arte. A ideia é reenquadrar o espaço urbano como um agente artístico, capaz de revelar outras formas de beleza e novas perspectivas para todos que transitam por ele”, afirma o artista.

Arte e Inclusão é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.

 

Oficina sensoriais

O coração do projeto Arte e Inclusão pulsa nas oficinas sensoriais, em que os participantes compartilharão histórias, sensações, trajetos cotidianos e aprendem sobre as técnicas artísticas a serem utilizadas na criação das obras. Conduzidas por Flavio Marzadro, com a colaboração da ceramista Geusa Joseph, as oficinas buscarão aguçar ainda mais os sentidos dos participantes.

O grupo escolherá os lugares que serão registrados em moldes — calçadas que marcaram a infância, caminhos até a escola e demais trajetos. A experiência é coletiva, respeitando o tempo e a percepção de cada participante. Mais do que ensinar técnicas, as oficinas revelarão um modo de ver com o corpo inteiro.

Cada oficina reunirá de 20 a 30 participantes das instituições, prioritariamente pessoas cegas ou com baixa visão. Jovens e adultos de 14 a 80 anos serão convidados a tatear materiais como madeira, cerâmica, tecido, gesso e metais, sempre em contato direto com diferentes superfícies e texturas urbanas. Ao final da formação, os participantes estarão prontos para intervir artisticamente nas calçadas do Distrito Federal, transformando seus caminhos em obra e memória.

Sobre a exposição

Por meio de pintura e decalques, e principalmente, de uma técnica inovadora de base siliconada, desenvolvida por Marzadro, moldes do chão de calçadas indicadas pelos participantes serão transformados em quadros sensoriais — táteis, visuais e sonoros — e exibidos em uma mostra acessível ao grande público, presencialmente e virtualmente, com data e local a serem confirmados. Como matéria-prima principal, os sentidos dos participantes do projeto para captar com precisão poética os caminhos de seus quotidianos. São texturas, pigmentos e ruídos dos caminhos percorridos todos os dias por quem nem sempre é visto, mas sempre percebe.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 20 moldes e a seleção de 15 quadros para uma Exposição Sensorial, com acessibilidade garantida: títulos em braile, letras ampliadas, QR Codes com audiodescrição e paisagens sonoras de 20 minutos com os ruídos ambientes onde os moldes foram feitos. Dois quadros estarão disponíveis ao toque de todos os visitantes — com ou sem deficiência visual — para que cada pessoa possa experimentar, à sua maneira, o mundo através das mãos.

Sobre Flavio Marzadro

Flavio Marzadro é artista-pesquisador e sociólogo, formado pela Università degli Studi Di Trento (1999), com especial interesse pela sociologia da arte. É mestre em arquitetura e urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia. Ele se define como um artista pragmatista e sua arte como pública. Como pesquisador e artista busca criar contextos de aprendizagem urbana por meio de experiências coletivas criando eventos de arte pública relacional e generativa realizados na França, Itália e Brasil, países onde também realizou mostras individuais. Fez Residência Artística no MUSE - Museo della Scienza di Trento, na Itália; na organização 59 Rue Rivoli, da prefeitura de Paris, França, e no Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador.

Borboletando: um voo anterior

Flavio Marzadro já vêm construindo essa trajetória de arte acessível e afetuosa há muitos anos. Recentemente, entre 2023/2024, ao lado de Geusa Joseph, desenvolveu o projeto Borboletando – Arte Inclusiva, Arte do Amor, que culminou na criação de uma escultura coletiva com mil borboletas de cerâmica. A obra, com três metros de altura, foi exposta no Museu de Arte de Brasília (MAB) e contou com a participação de mais de 250 pessoas, incluindo crianças e jovens com deficiências físicas, sensoriais e neuro divergências, na confecção das borboletinhas. A experiência, vivida em escolas públicas do DF e registrada com emoção por quem participou, permanece viva na memória afetiva dos coautores.

 

Serviço:

Projeto Arte e Inclusão Social

Primeira etapa

Oficinas:


19 de maio (CEEDV) e 28 de maio (Biblioteca Braille Dorina Nowill)

 
 
 

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